Longevidade emocional: por que cuidar das emoções é essencial após os 45 anos
Setembro Amarelo reforça a importância de discutir saúde mental e mostra que o envelhecimento pode ser uma oportunidade de leveza, propósito e conexão
Setembro é o mês marcado pela campanha nacional de prevenção ao suicídio, o Setembro Amarelo, e traz um convite urgente: refletir sobre saúde emocional em todas as idades, especialmente na maturidade. Pessoas com mais de 50 anos ainda enfrentam um estigma duplo: lidar com as transformações próprias do envelhecimento e, ao mesmo tempo, com a falta de atenção às suas necessidades emocionais.
Dados do Ministério da Saúde mostram que a população acima de 50 anos apresenta taxas de sofrimento psicológico elevadas, sobretudo entre os homens. Questões como aposentadoria, solidão, mudanças no corpo e até mesmo a saída dos filhos de casa são gatilhos que podem aumentar o risco de ansiedade, depressão e sentimentos de vazio.
Para a psicóloga Candice Pomi, especialista em Gerontologia pelo Hospital Albert Einstein, esse cenário precisa mudar. “O envelhecimento não é sinônimo de perda, mas de transformação. É um convite para revisitar escolhas, ressignificar relações e cuidar das emoções com a mesma prioridade que damos ao corpo. Quando investimos em saúde emocional, conquistamos longevidade com propósito, autonomia e leveza.”
Estudos recentes confirmam essa perspectiva: pesquisas mostram que práticas como mindfulness, conexão social, autocuidado e planejamento intencional da vida têm impacto direto não apenas no bem-estar mental, mas também na saúde física de pessoas acima dos 45 anos. “A maturidade pode ser o momento mais fértil da vida, se aprendermos a nos acolher. Não é sobre apagar as marcas do tempo, mas sobre honrar a história que cada uma delas carrega e aprender a lidar com nossas emoções de maneira consciente”, complementa Candice.
Ela reforça ainda que falar de saúde mental na maturidade é também um ato de prevenção: “Muitos acreditam que tristeza, isolamento ou desânimo são naturais do envelhecer, mas não são. Identificar esses sinais e buscar ajuda faz toda a diferença no caminho para uma longevidade plena e saudável.”
Neste Setembro Amarelo, o chamado é claro: envelhecer bem vai além do corpo físico. Trata-se de cultivar equilíbrio emocional, resiliência e relações significativas, pilares para uma vida madura com propósito. Como conclui Candice: “a maturidade nos dá a chance de redescobrir nossas forças emocionais e construir relações e escolhas que realmente fazem sentido para nós. É uma nova liberdade.”
Sobre Candice Pomi
Depois de 24 anos de carreira no mercado corporativo, Candice decidiu investir naquilo que acredita ser realmente importante na vida: saber envelhecer bem. E assim, com cara e coragem, mergulhou nos estudos da Longevidade. Psicóloga, especializada em Gerontologia pelo Albert Einstein e defensora de que o envelhecimento é uma fase a ser encarada com leveza e preparo prévio, Candice desenvolveu o Programa de Mentoria em Longevidade®, com o propósito de inspirar indivíduos e grupos a planejarem de forma intencional suas jornadas de envelhecimento.
E assim, desde 2019 tem auxiliado corporações no combate ao Etarismo e orientado grandes marcas na construção de diálogos mais autênticos com o público 45+.
Co-autora do 1º Manual Boas Práticas contra o Etarismo da América Latina – em parceria com a ABA (Associação Brasileira de Anunciantes), a especialista tem a missão de ressignificar o Envelhecimento no Brasil e democratizar a cultura gerontológica através de seus escritos sobre Envelhecimento Ativo e Consciente com a sua marca, a Beyond Age.
Em 2024 estreou como apresentadora do Podcast “Tantos Tempos”, que aborda o tema “Longevidade” com diferentes perspectivas através de uma dupla de convidados.
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