Tirar a máscara ou dar a cara para bater?
Chegada a grande hora, é dada a noticia que todos esperavam, não é obrigatório o uso de máscara em quase todo o Brasil. O que antes se tratava de uma obrigatoriedade, agora é facultativo em quase todos os estados.
De um lado ouvimos o grito de liberdade, mas como sempre exige a responsabilidade individual. Ninguém mais cuida de você, a decisão é única e exclusivamente sua.
Como tudo na vida, é sempre difícil ser dono de seu próprio destino, responsável pelas suas vitórias, mas muitas vezes também pelos seus fracassos e derrotas.
Ao passo que a permissão foi dada, percebo um fenômeno social, na qual muitas pessoas optaram ainda por não retirarem o uso da máscara. E me pergunto: Ora, se você confiou ao longo da pandemia na recomendação de toda essas pessoas, por que não confiar agora?
Quais seriam os motivos por trás desse argumento? Será que eu me sinto mais seguro usando a máscara?
Levando se em consideração o ditado de que é necessário dar a cara para bater, não seria melhor tirar a máscara?
Possivelmente, a razão sempre está relacionada com algum tipo de medo do desconhecido, que quando descoberto, ele tende a diminuir até sumir.
Ao longo da história, ficou muito bem claro que o medo sempre foi um instrumento utilizado para o controle das massas. Seja ele físico o que bem mais efetivo, ou através da manipulação psicológica.
Incansáveis horas de televisão, sem mencionar a infinidade de mídias virtuais disponíveis, controlam, criam e moldam a realidade. A pessoa é bombardeada de informações na qual se sente mais segura usando uma máscara como proteção contra um vírus que passa a tomar a forma e o tamanho do que ele acredita ser o mal.
Mas lógico que não podemos excluir uma camada mais profunda ao meu bem entender, aquela que após dois anos se escondendo quer se expor.
O ser humano desde os primórdios aprendeu a interpretar o outro por meio de seus gestos e movimentos, no entanto, mais importantes sempre foram às expressões faciais, de modo que sentimentos como a tristeza, raiva e felicidade pudessem ser identificados.
Na realidade, não nos demos conta que passamos alguns anos obrigados a nos esconder e agora devemos voltar a nos expor. A somatória de todos esses fatores juntos, associados ao medo nos leva a seguinte reflexão: Será que é melhor continuar me preservando?
A verdade é que a melhor opção é se expor e assumir a pessoa que você é pois isso libertador. Caso contrário, você pode prevenir a crítica dos outros, mas a sua autocrítica irá te consumir. Seja livre, feliz e tire a máscara.
Nascido em Jaffa, Israel, Gad Adler é filósofo, terapeuta motivacional e palestrante.Formado em Filosofia e História das Religiões pela Universidade de Tel Aviv, escreveu o livro “Você não pode tudo!Mas pode e merece ser feliz.“; é criador do método Melhor Maneira de aperfeiçoamento emocional para uma vida melhor, além de administrar o site:www.melhormaneira.com.br com conteúdo motivacional e que leva o mesmo nome da técnica.
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