Como exercitar a inteligência emocional pode influenciar na tomada de decisões conscientes
A vida requer o reconhecimento de nossos limites por meio de metas atingíveis e acontecimentos que a vida nos traz, o nosso controle sobre todos os acontecimentos é ilusório e limitado e não podemos alterar situações cotidianas como, por exemplo, a morte.
Na sociedade atual, a qualidade de vida e o sucesso muitas vezes se confundem e estão associados com o alcance de bens materiais e o nível social de um indivíduo, a fuga da dor através do apego nos prazeres momentâneos das conquistas de coisas materiais, não levando se em conta a energia e o tempo desprendido para a conquista dessas ações.
Não se trata de conformismo, todas pessoas devem ter metas para alcançar e merecem uma vida digna e plena de realizações. Mas é certo que quem decide viver em concordância e entende que para tudo na vida tem etapas e degraus a serem alcançados, evita muitas frustrações desnecessárias.
Uma das formas de iniciar esse processo de aprendizagem é trabalhar o desapego, que muitas vezes pode ser confundido com desfazer-se de bens materiais. Desapegar-se nada mais é que destruir o vínculo obsessivo com as coisas materiais e dar um novo significado de importância e prioridade.
Nada mais é que aquele momento em que devemos parar e nos perguntar: Será que realmente vale todo esse sacrifício? Essa é uma das fórmulas essenciais para a tomada de decisões coerentes.O bombardeio de competitividade de que devemos ser vencedores a qualquer preço, vem desde o berço e muitas vezes com ele vem o sofrimento desnecessário que nos faz esquecer a premissa primordial de que não somos .“o dono do mundo.“.
Entretanto, todas essas verdades solidificadas desde o principio da construção da nossa sociedade, podem ser abaladas a qualquer instante e revelar o quão frágil é o ser humano diante da sua impotência em qualquer evento, seja ele resultante de uma ação da natureza ou como o momento pandêmico que o mundo está vivenciando agora através do surgimento do vírus Covid19.
O escritor e filósofo israelense Gad Adler ressalta em suas palestras que preenchemos nosso tempo muitas vezes de forma errada com atitudes e crenças, não sobrando tempo para práticas salutares como a reflexão de nossos atos.
Vencer a todo custo nos impede de desenvolvermos nossas verdadeiras aptidões na qual o mérito vêm com a realização das nossas tarefas com prazer e não com sofrimento.
Ele explica que o simples ato de refletirmos alguns minutos durante o dia antes de iniciar qualquer atividade, possibilita abrir os olhos para as nossas ações que muitas vezes desempenhamos no automático e sem uma real percepção da realidade dos fatos.
Isso influência diretamente no ato de falar sem pensar, realizar julgamento alheio, assumir a postura de sábio conselheiro, ditar regras morais e de condutas de como agir nas emoções de terceiros de uma forma automática e impensada.
Calçar os sapatos dos outros, nos remete a entender o quanto é díficil a caminhada do próximo e que quando se trata de nós mesmos, também tendemos a paralisar diante dos problemas.
Essa simples reflexão, exercita o processo de construção da inteligência emocional, influenciando em cada tomada de decisão consciente, dispensando um pouco mais de tempo e atenção as nossas pequenas atitudes, ajudam a policiar nossas falas e pensamentos, melhorando assim a qualidade de nossos relacionamento com os outros e principalmente com nós mesmos.
Redação
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